A IMPORTÂNCIA DO ASANA NA PRÁTICA DO YOGA04/05/12
O Yoga desenvolveu um sistema de aperfeiçoamento psicofísico que trabalha o corpo de uma forma consciente e saudável. - Os ásanas: Movimentos extremamente belos que proporcionam ao praticante maior vigor, consciência corporal e energia. Preparando a estrutura física e biológica, estimulando intensamente o fluxo energético para o despertamento da kundaliní.
Coordenação da respiração, mentalização e atitude interior são alguns dos segredos que fazem com que os efeitos obtidos, sejam mais rápidos e duradouros, pois a diferença entre apenas se fazer um exercício e se fazer ásana é justamente a intenção que está por trás. Em competições esportivas, o Yoga reduz drasticamente a incidência de distensões e contusões. Por estes motivos, que atletas de diversas modalidades como surf, jiu-jitsu, natação, atletismo, entre outras, procuram o Yoga.
Praticamente todos os tipos de Yoga utilizam ásana em algum momento da sua prática. Daí sua importância. Segundo Pátañjali, sistematizador do Yoga Sútra, primeiro livro escrito exclusivamente sobre Yoga, à definição Sthirasukham ásanam, ásana é toda posição firme e confortável. Y.S., II: 46. Este sútra é a base para todos os ásanas. Neste texto ele se refere aos ásanas sentados, os dhyánásanas, utilizados para praticar; respiratórios, concentração ou meditação. Para chegar neste estágio de conforto e estabilidade, precisamos trabalhar o corpo, com exercícios que não nos agridam, com muita perseverança e disciplina, para realmente alcançarmos nossos objetivos.
Esta é uma primeira visão dos ásanas.
A partir do período medieval com a popularização das técnicas físicas do Hatha Yoga, os ásanas começam a ter uma grande força dentro do contexto do Yoga, sendo o corpo, desta forma, um aliado na evolução pessoal.
Em uma prática, observamos o movimento da coluna para todos os lados: tração, anteflexão, retroflexão e torção. Complementando com ásanas de equilíbrio, musculares e a invertida.
Dentro desta idéia, devemos ter atenção em relação às compensações. Se fizer uma retroflexão, compense com uma anteflexão. O esforço sobre a coluna nas anteflexões deve ser maior ou igual ao esforço nas retroflexões. Em relação aos ásanas assimétricos (torções, lateroflexões, musculares), qualquer ásana que tenha uma solicitação não balanceada do corpo e com permanências longas, colocar um ásana neutro antes da compensação, pois em alguns casos pode tornar-se desconfortável compensar logo em seguida com uma mesma posição. Por exemplo, um ásana de lateroflexão ao retornar, soltar o tronco um pouca para frente e depois compensar para o outro lado.
Outro ponto a ser observado é a relação da força da gravidade sobre a corrente sangüínea. Iniciando a pratica em pé, depois sentado, deitado e completando com a invertida. Desta forma estamos diminuindo o esforço do coração para bombear sangue para o cérebro. No livro “The Heart of Yoga”, de T.K.V. Desikachar, filho de Krishnamachárya, encontramos a seguinte orientação: ”Vamos focar nossa atenção para a forma de agrupar os ásanas de acordo com a posição do corpo em relação a terra e em relação ao movimento básico da espinha”.
Alguns dos efeitos decorrentes de uma prática de ásana são:
Massageamento dos órgãos internos, desenvolvimento de força e resistência. Estimula a disciplina, trabalhando alongamento muscular e flexibilidade articular. Com relação às invertidas, melhora a circulação sanguínea, descansando as pernas, aumentando a irrigação do cérebro, melhorando a memória e o raciocínio. Mas não devemos esquecer que são apenas efeitos, que sem a atitude correta, não pode ser considerado ásana e sim apenas exercício.
Hoje em dia, temos várias modalidades de Yoga e dentro deste contexto, em uma prática de Hatha Yoga dependendo da proposta pode-se fazer ásana com maior permanência, com repetição, com auxílio de algum material, enfim, para todos os gostos. O importante é encontrar aquela que melhor se adapte a você. Lembrando, que a prática do Yoga é para todos, sem distinção de idade, cor, religião ou posição social.
Sendo assim... boa prática.
Alexandra e Mauricio, Casa do Yogin « voltar |